quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Futebol - Folclore no Ceú


E lá se vai mais um pra seleção de Papai do Ceú. Vai se juntar a Garrincha, Almir Pernambuquinho, Jorge Mendonça, Orlando Lelé e tantos outros craques que fizeram sucesso não só em campo, mas fora dele. Seja pela vida distinta ou pelas polêmicas declarações. Ontem, foi pro andar de cima, Moisés, ex-zagueiro de Flamengo, Botafogo, Vasco, Corintians, Fluminense, Portuguesa e Bangu. Aos 59 anos, o xerife, como era chamado, sofria de câncer no pulmão. Tabagista e boêmio convicto, ele desafiava técnicos e atletas desfilando seus cigarros após os treinos. E não negava que bebia a sua cervejinha após os jogos. Amante do carnaval, fundou o tradicional "Bloco das Piranhas", no RJ. Técnico de sucesso em muitos clubes cariocas, ele chegou a levar o Bangu ao vice campeonato brasileiro de 1985. Enquanto jogava, ele dizia:"Zagueiro que se preza, não ganha o prêmio Belfort Duarte". E ele fez fama como zagueiro que se impunha não só pela classe e técnica, mas principalmente pelo vigor fisíco e chutões. Chegou a seleção brasileira, pelas maõs de Zagallo, em 1973. Foi campeão brasileiro em 1974 pelo Vasco e titular na campanha histórica do Corinthians, campeão em 1977, depois de longa fila de espera. Muitos atacantes temiam o enfrentar, como disse Dé, o aranha: " Se ele jogava pelo lado direito de sua defesa, eu ficava do outro lado. Se ele vinha pra cima de mim, eu já pulava e simulava falta. O juiz sempre ia na onda e dava cartão para ele." Que Deus o tenha. ele que se dizia o "Richard Gere tupiniquim" irá agora treinar o time lá de cima. Aqui fica a nossa singela homenagem a um personagem de um futebol, de um tempo, que não volta mais. Quando se tinha paixão pelo clube em que se jogava, quando jogador não era mercadoria na mão de empresário e suava para ganhar o bicho da vitória do seu clube, não para se vender para o exterior. Um futebol nostálgico e romântico, que infelizmente não se vê mais. Um futebol de raça e valentia por amor a camisa e não ao dinheiro.

Ah, em tempo: Ganhava o Prêmio Belfort Duarte, o atleta que não tivesse sido expulso no decorrer de sua carreira. Esse o Moisés não levou...

8 comentários:

Filippe disse...

Parabéns pela homenagem ao grande zagueiro Moisés!!

Lilian Devlin disse...

Bonita a homenagem de vcs ao Moisés, muito merecida!
Beijos!

Anônimo disse...

Olha,ele era botinudo pros padrões daquela epóca, hoje tava fácil na seleção!

Anônimo disse...

Não se fazem mais "beques" como O grande Xerife!! Hoje´o que se vê por aí é Odvan ser comparado a ele, porque batia muito. È gente dizendo que a raça do Luiz Alberto é sem igual. O Moisés não perdia jogada. Era o cara ou a bola, literalmente. Era um ou mais cartões por jogo.E técnico boleiro, dizer que fazia e acontecia, ele no bangu e por aqui já tinha esse estilo boleirão. Vai ver que não foi pra frente porque não fazia parte das patotas!Cara, parabéns pelo seu blog, nós aqui da cabofriense estamos felizes em ter mais uma mídia aberta pros pequenos!

Anônimo disse...

Valeu o comentário lá no Folclore da Bola. Aproveitei e dei uma clonada no belo Post sobre o Moisés e já linkei vcs tbém nos favoritos. Parabéns pela abordagem do blog. Abs.

Leo Fernandes disse...

Infelizmente perdemos Moisés, zagueiraço, xerifão da zaga vascaína...
E a mídia nem falou q ele foi Campeão Brasileiro com o Vasco em 1974

Anônimo disse...

Sensacional lembrança! aqui em Bangu, todos se lembram do penalti que o Ado perdeu. Dizem que o Moisés queria matar o cara no vestiário. Tempos de Seu Castor. Bons tempos! Valeu pra matar saudades, histórica postagem. Parabéns!

Impasse Livre disse...

Pois é leó ,a midia só quer saber de banalidades...Marião que legal, ado ponta esquerda, bom jogador, não sabia dessa parada do vestiário...
Brigadu, renato seu blog tb é dez, dez não mil!
Moisés era bom, tvz meio que umhenrique ex fla, viril sem ser classico, se impunha ...
Valeu lilian e fillipe!

Perfeito!! Você esta plugado no Maldita Futebol Clube...Tá na boa, tá na área!!

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