Cabeça de bacalhau

E parece que o final do legado de Eurico, além de um mar de dívidas, temos o atestado total de incompetência e medo. Que faz com que o clube de São Januário forme um atleta, um cidadão, uma promessa de craque como Phillipe Coutinho e se desfaça da mesma com uma rapidez tão insensata como promíscua.Incompetência em não criar recursos para manter uma jovem "promessa". E medo de perder um cascalho nas negociatas, que fizeram os mequetrefes fecharem um acordo obscuro, ás pressas, no apagar das luzes da ditadura Miranda. Sabe-se lá porque e para quem lucrar, ou melhor eles até sabem, mas não falam.Negociação esta, que veio cair no colo do Dinamite, que sem ter o que fazer, irá ter que confirmar e ratificar o acordo. E, o pior é que os euriquistas de plantão,vem a público dizer que houve um acordo entre as partes. E vão cair de pau no Dinamite depois, dizendo que ele vendeu ao invés de comprar, que não tem patrocínio, que são dez anos na oposição a troco de nada. Essa é a parte podre do Vasco, que usufruiu e destruiu o clube, a troco de nada. Que endividou o clube até a raiz e se valeu do Vasco para enriquecer. São uns corvos, uma corja, um bando de canalhas. E que fazem um puro jogo de cena.E o pior que tem um bando de bobalhões que os seguem e acreditam neles. Essa negociação na realidade, mais do que a prova da incompetência cruz maltina, revela a fragilidade de nossas leis esportivas, baseada na medíocridade da Lei Pelé, que só fez crescer o mercantilismo do futebol, colocou os clubes como "barrigas de aluguel" e não só não acabou com a "escravidão dos atletas", como tirou patrimônio, dilapidou os clubes e transformou o passe, em contratos de gavetas, que mal elaborados e executados, fazem dos clubes verdadeiros reféns de empresários gananciosos, que são os novos senhores feudais dos jogadores. Pobre Brasil, que mais de 500 anos depois de suas descoberta, segue colônia dos países mais ricos até na diversão e no ópio de seu povo, o futebol. Assistimos aqui no "país do futebol", uma inversão de valores. O que antes era símbolo de orgulho, hoje é sinal de fraqueza. Pobre dos mais novos que não tiveram a felicidade de ver seus "Robinhos e Kakás" por aqui. Eu, pelo menos, era feliz e não sabia: Vi Dinamite, Zico, Sócrates, Falcão, Cerezzo, Batista, Èder, Mendonça e outros mais. Tínhamos um ídolo em cada clube, ícones, jogadores que despertavam paixões, atraíam multidões aos estádios. Hoje temos a sobra, o bagaço da laranja. Vá com Deus Phillipe, seja muito feliz e siga sua vida. Eles(os cartolas) não merecem seu futebol por aqui. Que pena, pois nós, os torcedores de telinha(sic), a cada dia que se passa mais estamos, literalmente, a "ver navios". E essa negociação do garoto, podem me cobrar, será mais uma que não terá pai , porque filho feio ninguém assume, ou igual cabeça de bacalhau. Todo mundo sabe que existe, mas nunca viu. Aliás, você já viu uma? Se tiver visto, nos mande fotos que postaremos aqui.