terça-feira, 29 de julho de 2008

Rei Momo da Chacrinha


Para quem não sabe, esse era o nome do seu programa na Rádio Fluminense, em 1943, lançando músicas de carnaval. O sucesso foi tanto que acabou sendo chamado de Abelardo Chacrinha Barbosa. De lá pra cá, muito trabalho e sucesso.E, neste 30 de julho, lá se vão 20 anos sem o maior comunicador da mídia brasileira. Popular, populista, um factóide por si só, mas extremamente inteligente. Usava todas as ferramentas para se comunicar, seja sua voz, sua aparência, seu sarcasmo, suas frases geniais ou em suas idéias pouco ortodoxas. Lançou moda, marcou época e deixa saudades. De um tempo um tanto quanto lúdico e ingênuo. Imortalizou frases, criou conceitos: "Quem não se comunica se trumbica", "Alô , alô Therezinha", Fala aí, meu filho", Vocês querem abacaxi". Foram 72 anos, que fizeram de Abelardo Barbosa, "que está com tudo e não está prosa", um ícone da mídia moderna brasileira. Que soube sempre se "reinventar", usar a criatividade e fugir da mesmice."Na televisão nada se cria, tudo se copia", "Vocês querem bacalhau", "Eu vim para confundir, não para explicar". Simples, sintético, ao gosto do povão. Sabia como passar a sua mensagem como ninguém, porque além de saber o que queria, ele também tinha noção de quem iria receber o seu discurso. Desta forma, já previa a reação de seu fiel público receptor, seja ele ouvinte, telespectador ou leitor. Ele, mais do que ninguém sabia se comunicar. Deixa saudades de uma época marcada pela inovação e criatividade e pela censura aos meios de comunicação. De início da modernidade tecnológica, de uma transição ditatorial lenta e gradual nos meios midiáticos para a democracia. Período em que se abriam as cortinas, acendiam-se as luzes e o show mal começava. Porém, aos 72 anos, em 1988, ele nos deixou.... um legado. Revelou muitos talentos, fez de seus programas de auditório, verdadeira "febre" no país. Vascaíno convicto e fã de marchinhas de carnaval, fazia questão de expressar sua paixão, por samba, futebol e mulheres. Quem não se lembra das chacretes, dos calouros e seus jurados? "Roda, roda , roda e avisa, um minuto de comercial, alô, alô Therezinha...é um barato o cassino do Chacrinha...." " Ô Therezinha, uhuhu!"" O povo ainda quer pão e circo, mesmo hoje em dia, tanto quanto na Roma quanto na época do Chacrinha. Fica aqui a nossa homenagem!(clap, clap, clap, clap, clap,clap,clap)

2 comentários:

Anônimo disse...

Chique , sofisticado e ao mesmo tempo brega e cafona. Esse era o velho guerreiro, tão criativo e tão...vascaíno!Parabéns, adorei o post...

Impasse Livre disse...

Pois é Maurício, isso é bem a cara do Maldita futebol clube, cafona sem deixar de ser sofisticado, brega sem deixar de ser chique, na vida nada se cria tudo se copia... frases do guerreiro.E depois tem uma galera que fala: a gente cria os outros copia...rs...volte sempre guerreiro.

Perfeito!! Você esta plugado no Maldita Futebol Clube...Tá na boa, tá na área!!

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